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02/10/2012

criação de goulds 3

Venho hoje fazer mais uma actualização a este tema.
 
1- O casal:
O casal que se formou (macho CP, fêmea CL) fez uma postura de 6 ovos, mas, presumivelmente por acidente, o 4º ovo partiu-se, ficando apenas 5 no início do choco. Como tinha escrito anteriormente, o ninho tinha uma construção bastante rudimentar, pelo que, acredito que o 4º ovo se tenha partido por ter sido pressionado contra o fundo nu do ninho, até porque o ovo não foi comido.
Após o aparecimento do 6º ovo, iniciaram o choco afincadamente; a fêmea passava a maior parte do dia, e a noite toda, no ninho. Sempre que a fêmea saía, o macho assumia o seu lugar. Notei também que, a fêmea comia bastante mais papa (mistura de insectívora, ovo, farinha de aveia e raspa de osso de choco) e começou a produzir as fezes volumosas, características das alterações hormonais que devem acontecer por esta altura.
Ao quinto dia de choco decidi inspeccionar o ninho. Verifiquei que o ninho estava muito mais composto, embora continuasse com pouca fibra de côco. Mas, achei estranho que, dois ovos estavam escondidos, num canto e debaixo das fibras, enquanto os três restantes estavam no centro do ninho. Decidi não alterar nada, porque sou dos que acreditam que as aves é que percebem de ninhos.
O choco prosseguiu com o afã habitual.
Porém, ontem (nono dia) a meio do dia, o casal abandonou o choco, subitamente, não voltando a entrar no ninho e acabando por dormir,os dois, no poleiro.
Hoje, reparei que, as danças de acasalamento recomeçaram, pelo que decidi retirar o ninho e inspeccionar os ovos. O ninho não tinha nada de estranho, que justificasse o abandono. Já com os ovos, reparei num pormenor interessante; os três ovos no centro do ninho estavam cheios, enquanto os ovos, que tinham sido empurrados para o canto e cobertos de fibra, estavam vazios.
Conforme já tinha dito, não depositava nenhuma esperança nestas primeiras criações, dada a idade das aves, mas fiquei bastante agradado com a experiência.
Confirmei as ideias que já tinha de que, as aves jovens são perfeitamente capazes de produzir ovos fecundados, sem que sejam precisos estímulos externos; o problema está no controlo hormonal, que permita levar o choco e a criação até ao fim. Também confirmei que, pese a inexperiência, as aves distinguem, perfeitamente, os ovos cheios dos vazios.
Tudo isto não ivalida que, a experiência seja uma mais valia e que, em próximas tentativas, as coisas tendam a melhorar, até porque, com a idade, os ciclos hormonais tendem a ser mais estáveis e regulares.
 
2- O trio:
O trio (machos CV e CL, fêmea CP) estão, há uma semana, com dois ninhos. Os machos parecem ter escolhido o seu ninho respectivo, mas a fêmea, vai espreitando um e outro, mas ainda não entra.
O que acho curioso é que, estes machos se comportam de modos bem diversos.
O macho CV é o romântico: Dança, exibe-se e tenta sempre estar junto da fêmea.
O CL é o "casca-grossa": Logo que abro a luz, tenta galar a fêmea no poleiro, aparentemente sem sucesso, e, invariavelmente, acabando por cair. Já dançar não é com ele, limitando-se, durante o dia, a algumas exibições circenses, do tipo de ficar pendurado nas grades superiores da gaiola.
Estou à espera de ver qual o macho escolhido, para retirar o preterido. Aparentemente, o "casca-grossa" está a levar alguma vantagem, mas ainda não é nada decisivo.
Se o CV for preterido, tenho que o levar ao psicólogo porque, com duas "tampas" seguidas, não há pássaro que aguente. Temo que comece a "abixanar".
 
Contiuarei a postar novidades, assim as hajam com alguma relevância.

20/09/2012

Criação de Goulds 2

Tal como combinado, aqui fica a actualização da minha criação de goulds.
Terça-feira 18, logo pela manhã, notei que o meu trio de gouls tinha mudado de comportamento; a fêmea e um dos machos impediam o outro macho de se aproximar do ninho, de modo um bocado agressivo. Fui verificar o ninho e lá estava a razão - um ovo.
Como previsto, retirei o macho rejeitado para junto do segundo casal, formando agora um novo trio.
Verifiquei que o ninho estava construido de forma muito rudimentar. Na verdade, não passava de um monte de fio de côco num canto e um ovito a rebolar num espaço vazio. Disse que estava, porque a coisa já mudou... para pior; agora, a fibra forma uma espécie de divisória entre as duas partes do ninho.
Os ovos, que agora já são 3, lá andam espalhados pelos cantos, aparentemente sem qualquer critério.
Acresce que, o casal passa grande parte do dia no ninho, mas, à noite vão dormir no poleiro.
Parece-me que, daqui não sairão passarinhos, nem eram esperados por as aves ainda serem demasiado novas, mas está a valer pelas experiências; a minha e a deles. Na próxima, já vão fazer um ninho mais perfeitinho e cuidar melhor dos ovos.
Contudo, vou deixar que continuem a postura e tentem o choco, para que ganhem experiência.
O novo trio vai receber ninhos (desta vez ponho 2) na próxima semana. Estou curioso para saber se o processo vai ser idêntico, ou se existirão diferenças assinaláveis.
Deixo algumas fotos de hoje.
 
O casal que se formou:


O pai dos ovos, aprendiz de estofador de ninhos:


O ninho, já com 3 ovos:


O novo trio (o macho CV foi o rejeitado do primeiro trio):



O repescado com a sua nova pretendida:






14/09/2012

Criação de gouls

Venho hoje dar-vos conta da minha nova aventura com os diamantes de gould.
Decidi iniciar-me apenas com clássicos. Arranjei três machos e duas fêmeas (que mostrei no post anterior), todos novinhos, de 2012, depois de ter pesquisado algumas coisas, juntei-os numa pequena voadeira de metro e começei e planear o futuro deles.
Do que fui lendo, apercebi-me que a criação de goulds está muito uniformizada; parece haver algumas regras que todos os criadores estão dispostos a seguir e, também, alguns dogmas que ninguém questiona. Também fui percebendo que, alguns princípios que os goulds - eles próprios - fazem por "cumprir", na natureza, são desprezados em cativeiro.
Decidi que faria as coisas de modo um pouco diferente do convencional!!!
Não porque acredite que vá ser mais bem sucedido, não; sabia, à partida, que iria cometer erros e ter dissabores. É apenas pela experiência e porque, se o mundo é um rebanho, alguém tem que ser o cão do pastor.
Essa coisa dos casalinhos, sempre me complicou com o sistema nervoso, então decidi criar em trios; dois machos por cada fêmea. Ora, já devem estar a ver que, só com três machos não se fazem dois pares. A ideia era que, quando a primeira fêmea começasse a pôr, o macho dispensado se juntasse ao casal em stand-by, formando o segundo trio.
Claro está que, como bom principiante, começei logo por "meter as patas".
Há uma semana atrás, formei o primeiro trio. Juntei-os numa gaiola de 60cm, mas só meti um ninho. Quase de seguida (dois dias), um dos machos apoderou-se do ninho, o que me levou a reconhecer o erro e pensar que "a coisa" estava perdida. Mas não. Hoje, deixei der ver a fêmea fora do ninho, excepto quando vinha comer e beber, e os machos têm andado a carregar material, afincadamente. Estranhamente para mim, os três passam largos períodos dentro do ninho, juntos. Embora não tenha visto nada, desconfio que, dentro daquele ninho, algo de debochado se anda a passar.
A ideia que eu tinha, e não só eu,  de que cada macho defenderia o seu ninho, dos possíveis rivais, não se está a verificar. Vamos ver como a coisa evolui.
Outra coisa que está a sair fora do espectável, segundo o que eu pensava, é que, o casal que está em espera começou, ontem, a "corte" e hoje já acasalou, mesmo sem terem ninho na gaiola; foi mesmo no poleiro. Se foram influênciados pelo trio, foi pelo som, porque eles não se veêm.
Ainda é cedo para conclusões, mas, pelo caminho que as coisas estão a levar, ou me sairam uns pássaros muito "barrasquinhos", ou a tão falada selectividade dos goulds é um mito.
Irei postando novidades, sempre que se justifique.